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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Revolta dos Malês

A Revolta Dos Malês pode ser compreendida como um conflito que deflagrou oposição a escravidão e a intolerancia inglesa. A revolta dos Malês ocorreu entre 25 a 27 de Janeiro de 1835 na cidade de Salvador, capital da então Província da Bahia, no Brasil.
Quando o deslocamento do eixo econômico do Brasil para a região sudeste e as constantes crises da economia açucareira. A sociedade baiana do período tornou-se um sinônimo de atraso econômico e desigualdade socioeconômica. Além desse fatores, devemos também desses fatores, devemos destacar que as prescrições religiosas incentivadas pelas autoridades locais, promoveram a mobilização desse grupo étnico-religioso específico.
Anos antes da revolta, as autoridades policiais tinham proibido qualquer tipo de manifestação religiosa em Salvador. Logo depois, a mesquita da “Vitória” – reduto dos negros muçulmanos – foi destruída e dois importantes chefes religiosos da região foram presos pelas autoridades. Dessa maneira, os malês começaram a arquitetar um motim programado para o dia 25 de janeiro de 1835.
Nesta data haveria uma festa religiosa da igreja do Bonfim isso iria esvaziar as ruas de salvador dando melhores condições para a deflagração do movimento. Naquela mesma data, conforme a tradição local, os escravos ficariam livres da vigilância de seus senhores. Entre os ideais defendidos pelos maleses, damos destaque à questão da abolição da escravatura e o processo de africanização de Salvador por meio do extermínio de brancos e mulatos.

Mesmo prevendo todos os passos da rebelião, o movimento não conseguiu se instaurar conforme o planejado. A delação feita por dois negros libertos acionou um conflito entre as tropas imperiais e os negros malês. Sem contar com as mesmas condições das forças repressoras do Império, o movimento foi controlado e seus envolvidos punidos de forma diversa. Apesar de não alcançar o triunfo esperado, a Revolta dos Malês abalou as elites baianas mediante a possibilidade de uma revolta geral dos escravos.

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